domingo, 5 de setembro de 2010

() Sigur Rós


Não me recordo como me interessei por Sigur Rós ao certo. Apenas lembro-me que a existência de um álbum sem título, com músicas não tituladas da mesma forma e cantadas em um idioma que inexiste, me despertou uma curiosidade imensa.
Estranho foi o fato de que, quando ouvi o álbum pela primeira vez, não gostei. Achei “triste”, “estático”, “melancólico” demais. O ignorei por um bom tempo. Resolvi dar outra chance ao quarteto islandês. O Sigur Rós me conquistou com o álbum Takk, e então decidir ouvir mais atentamente o ().
O álbum fica melhor a cada audição. Apresenta uma beleza ímpar, dotada de sons atmosféricos em conjunto com suaves pianos, belos timbres orquestrações e os vocais angelicais de Jónsi.
O fato de as músicas serem cantadas em Vonleska(ou Hopelandic) e o som vocal adequar-se à melodia, sem necessariamente prender-se a palavras é no mínimo curioso. Gosto disso. Talvez isso soe um pouco purista ou radical, mas as letras não são o foco da música. O foco da música é a junção de melodia, harmonia e ritmo. Não estou desmerecendo a poesia, na verdade, acho-a belíssima. Mas música é música. Ás vezes, tenho a impressão de que a música é tratada apenas como “fundo” para outro fim, infelizmente. Essas canções, que para um ouvinte menos paciente pode não significar nada, para mim dizem mais do que se possuíssem letras fantásticas.
Um álbum dotado de emoção, beleza e sensibilidade como poucos. Se você não conhece a banda, sugiro que ouça o álbum e tire suas próprias conclusões.
  



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