quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dream Theater: Sem Mike Portnoy


Recebi esta notícia com um dia de atraso. Não havia acessado a internet ontem (ou acessei pouco, apenas para fins de pesquisa) e não havia tomado ciência do fato. Estava preparando uma resenha do álbum Scenes From a Memory, para publicá-la em breve. Porém, diante do fato, quis me pronunciar, afinal, Mike Portnoy era um membro-chave para o Dream Theater.
Não vou criticá-lo, até porque não sei o que de fato o levou deixar a banda. E até entendo sua posição, apesar de ainda desejar que ele fizesse parte do Dream Theater. Atualmente, não escuto a banda tão passionalmente como fazia há dois anos atrás, mas não deixo de levar em consideração a importância que a mesma possui na construção de meu gosto musical, e (por que não considerar?) em certos momentos da minha vida.
Bem, o Dream Theater foi talvez a banda que “revolucionou” meu gosto musical. Antes dos 14 anos(a idade na qual conheci DT), o meu interesse em música resumia-se em Grunge, Led Zeppelin e algumas bandas que passavam na MTV na época(2005 a 2007, principalmente). Não que hoje não aprecie as bandas que ouvia no citado período. Ainda gosto de Led Zeppelin, Pearl Jam e Alice In Chains. Mas não consigo ouvir Nirvana, White Stripes, Green Day, entre outras, pois não fazem mais sentido para mim, perderam o “brilho”.
O fato é que á época, meu gosto musical era demasiadamente limitado. O Dream Theater abriu as portas para que a abrangência fosse possível. Quando ouvi “Metropolis Pt 1: The Miracle and the Sleeper” surpreendi-me, pois até o ponto não havia ouvido algo tão diferente. Era tudo muito novo para mim: A duração da música, as várias “quebradas” de tempo, os solos de guitarra e teclado... Enfim, toda aquela atmosfera distinta que depositou em mim o desejo de conhecer a fundo a música do Dream Theater. Além disso, o Dream Theater introduziu-me, o até então desconhecido “Rock Progressivo”, gênero responsável por boa parte de minhas preferências musicais.
Mike Portnoy, em especial, era meu “herói baterístico”, responsável por “apresentar-me” bandas como Rush, The Who, Porcupine Tree, Transatlantic, O.S.I, The Flower Kings, Liquid Tension Experiment, Opeth, G3(comprei o Live In Tokyo porque ele tocava bateria, não propriamente por causa dos guitarristas), entre tantos outros.
Logo após me encantar com “Metropolis”, ouvi Images and Words, Awake, Scenes From a Memory, e o belíssimo EP “A Change of Seasons”. Inicialmente, esses foram os álbuns que “ouvi à exaustão” (no bom sentido, claro) e tornou o Dream Theather uma de minhas bandas prediletas. Pouco a pouco, fui “consumindo” os outros álbuns de estúdio, os álbuns “ao vivo” e os projetos “paralelos” dos integrantes da banda, com destaque especial para Transatlantic (o “Bridge Across Forever” é um álbum essencialmente bonito) e Liquid Tension Experiment(que me fez descobrir as maravilhas do Jazz Fusion e do mundo “instrumental” – não gosto deste termo).
Porém, em contraponto aos primeiros álbuns, que traziam à banda um caráter singular, os dois últimos álbuns (Systematic Chaos e Black Clouds and Silver Linings), a meu ver (é só uma questão de opinião), não traziam o mesmo “brilho” de outrora. Não gostei do “rumo” musical que a banda tomou. Porém, como venho ressaltando insistentemente, é apenas uma questão de gosto estritamente pessoal.
Agora, que Mike Portnoy, o líder do Dream Theather, deixou a banda, apenas desejo que as coisas estabilizem-se. Espero que o Dream Theather encontre um baterista que traga novidades rítmicas á banda e que esta, possa nos oferecer um próximo álbum inspirado e concertos da mesma forma.
Quanto ao Portnoy, desejo-lhe sucesso, embora não sei se acompanharei seus próximos trabalhos. Melhor dizendo, acompanharei o Transatlantic, por motivos óbvios, considerando esta que vos escreve. Já o Avenged Sevenfold(não sei se ele tornará-se membro oficial), mesmo com o Mike Portnoy nas baquetas, continuarei não ouvindo, a banda não apresenta um rumo musical que aprecio tão pouco incita-me a conhecer a fundo sua música. Outros projetos, só o tempo dirá se gostarei...
O texto tomou rumos extremamente pessoais, escrevi instintivamente. Esse foi um caso especial. No próximo post, espero escrever algo mais impessoal (e com um pouco mais de qualidade). Para retratar-me, postarei um link para o download da discografia do Dream Theater, adicionado álbuns de projetos de seus integrantes.

Indicado por rockcyber.






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