Vou tentar explicar melhor. O que quero dizer é que a apreciação tanto de um como de outro te envolve numa atmosfera de loucura. Podem parecer absurdos, irreais e podem até o ser em alguns momentos. Mas certamente quando se toma contato, deixam impressões inesquecíveis, abstratamente reais. No fundo, sabe-se que é real, mas alguém “pincelou magicamente”, se posso assim dizer. São desconcertantes. Deliciosamente doces e perversos. Saborosamente doentios. E até descompromissadamente naturais, nada forçado.
Os apreciadores compartilham do mesmo dilema. Querem experienciar, mas não querem que acabe. Últimas páginas e últimas mordidas... O importante é aproveitar essa magia e quando acabar, preparar-se para um novo título e um novo chocolate.
Após ler Do Amor e outros Demônios, fico a pensar se não seria o amor um demônio, se não seria a leitura um demônio, se não seria o chocolate um demônio...
Notas :
1) Existem restrições quanto ao consumo do chocolate. É bem sabido que não se deve consumir em demasia. Mas de vez em quando... Quanto à obra de Gabriel García Marquez, acredito que não haja restrições...
2) Refiro-me ao chocolate mesmo, nada de “alguma coisa de chocolate”. Adoro chocolate, mas geralmente seus derivados não costumam me agradar...
3) Não leve muito a sério (se é que alguém lê isso), a analogia é ruim mesmo. E a palavra demônio do final não deve ser entendida literalmente, no sentido que se costuma atribuir à palavra. Foi só uma forma de externar uma impressão, fazendo ligação com o livro. Apenas um olhar mais demorado, mas nem por isso certeiro.
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