quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

#3


“Que o teatro não acabe por dominar todas as artes.
 Que o comediante não acabe por subornar os puros.
 Que a música não se torne uma arte de mentir.”
                                                Friedrich Nietzsche
  “O Caso Wagner” despertou em mim o (tímido) gosto pela Filosofia, talvez pela inclinação da obra em relação à arte e mais especificadamente, à música. Poderia estender-me em considerações sobre o conjunto da obra, dada a minha admiração por esta brilhante peça literária. Mas por hora, vou me restringir a fazer um breve comentário acerca do trecho citado acima - que me encanta, por sinal.
   Quando o li pela primeira vez, foi como se as luzes estivessem sido acesas naquele momento. Estava diante de uma síntese de todos os pensamentos que me aturdiam, de todas as coisas que me incomodavam na arte. Foi como se minhas inquietações houvessem tomado forma.
Infelizmente, é perceptível a “teatralização” das artes, o “suborno” dos puros, a falsidade da música numa sociedade que falta profundidade, exala superficialidade, vive de aparências.

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