quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Anatema, Labirinto


   Anatema é um daqueles álbuns que lhe fascinam na primeira audição. Confesso que fiquei surpresa, pois não esperava uma experiência musical tão profunda provocada por aquelas seis músicas. Antes de fazer meus comentários acerca do álbum, um aviso: se você não tem paciência para longos instrumentais, não ouça.
   O álbum é repleto de timbres, nuances e atmosferas maravilhosas. Estava pensando num adjetivo que sintetizasse, estivesse presente em toda a obra, e o vocábulo que mais coube foi sensibilidade. Em todas as músicas, há a presença de uma sensibilidade enorme em cada arranjo, como se tudo fosse meticulosamente colocado no devido lugar. A quantidade (e qualidade!) de timbres enriquece a obra ao passo que proporciona ao ouvinte caminhos não usuais. O sitar em Reverso, faixa de abertura, é brilhante, de emocionar mesmo.
   Se fossem músicas separadas, funcionariam muito bem. Mas a construção do álbum, a forma como as peças musicais interligam-se, faz com que o álbum torne-se maior, mais concreto. É muito bom saber que ainda se faz música de qualidade, honesta e profunda em território brasileiro. Espero que a banda continue crescendo e que em breve venham outras produções.

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